sexta-feira, 12 de maio de 2017

Novo blogger!

Meu novo blogger https://eduquecompsicologia.blogspot.com.br!, mas com assuntos diversos!
Visitem!
;)

quinta-feira, 2 de julho de 2015

Dicas para alunos com TDAH

Reforço positivo em tudo, além do sistema de fichas e outros técnicas do comportamentalismo, que falaremos mais adiante em outros tópicos!

Dicas para o professor trabalhar com alunos portadores TDAH:
  1. Coloque o aluno perto da mesa do professor;
  2. Promova um sorteio diário elegendo um ajudante do dia;
  3. Trabalhe regras e limites;
  4. Olhe sempre nos olhos da criança ao falar com ela;
  5. Trabalhe a autoestima e segurança dessa criança;
  6. Evite falar por muito tempo, seja objetiva;
  7. Divida as tarefa ou troque por tarefas menores;
  8. Elimine ou reduza testes de tempo;
  9. Procure avaliá-lo diariamente;
  10. Crianças adoram elogios, encorajamento, aprovações. Faça isso;
  11. Procure escrever os tópicos principais;
  12. Utilize um sistema de pontuação eles respondem bem a recompensa e surge como incentivo;
  13. Aplique testes de habilidades;
  14. Tente utilizar relatórios de avaliação;
  15. Incentive a leitura em voz alta, faça elas recontarem a história
  16. Quando fizer a leitura em voz alta, pedir que leia pausadamente. Sugira que ele inspire rapidamente a cada vírgula e que respire normalmente no final de cada frase. Isto fará melhorar seu ritmo de leitura e a sua compreensão. Ajude a ele imaginar sua história.
  17. Utilize dinâmicas lúdicas, eles vão mostrar interesse e vão ficar a mais atentos por mais tempo;
  18. Utilize o método aprender a aprender, faça um roteiro dos assuntos que vai trabalhar na semana e enviei na agenda. Peça ao responsável que estude com ele antes da aula. Sentirá mais seguro.
  19. Ajude e incentive ele ser mais organizado;
  20. Exercício físico deve ser divertido.

A visão Médico-Psiquiátrica do Autismo

Modelo Médico x Modelo Psicológico:
O CID-10 é uma classificação da psiquiatria na medicina tradicional, que vê o transtorno como “doença mental”, descrevendo um conjunto classificado de síndromes e sintomas. Além, do CID-10(Código Internacional de Doenças) existe também o DSM-IV(Manual de Diagnóstico e Estatística de Transtornos Mentais) na quarta versão, onde ambos são publicações que servem para classificar as doenças e diagnósticos (Gongora, 2003).
O autismo infantil está classificado no CID-10 como F84.0 e é um transtorno que ocorre antes dos 3 anos de idade, tendo prejuízo na área social e na comunicação. A criança pode também ter comportamentos inadequados, restritos, estereotipados e repetitivos, mantendo padrões de hábitos e rotinas. O transtorno acontece com mais frequência nos meninos do que nas meninas (CID-10, 2008).
Segundo o CID 10, além da criança ter comprometimento na interação social, pode ter déficits na área emocional, dificuldade de se expressar e manter intercâmbio de conversação. Há também um prejuízo na criatividade, iniciativa e fantasia, que seria o pensamento mais abstrato. A criança autista gosta de manter rotina no seu dia a dia, impondo rigidez nos hábitos familiares e nos padrões de brincadeiras. Pode ter comportamentos estereotipados focando seu interesse em datas e horários. É comum resistir a mudanças de rotina ou se apegar em algum detalhe do ambiente em que vive. O autismo pode estar associado a outros transtornos, e muitos podem ter retardo mental. Ocorre uma variação de déficits a medida que a criança cresce e muitos dos sintomas podem continuar pela vida inteira (CID-10, 2008).
Já o DSM-IV (2002), o transtorno autista está classificado como 299.00 e como o CID-10 defende as características mais comuns num autista que é o déficit nas habilidades sociais, emocionais e na comunicação, com um repertório de atividades e interesses muito restrito e estereotipado.
Para o DSM-IV (2002), muitas crianças autistas preferem atividades solitárias, podem ignorar a outra criança e muitos não tem capacidade de desenvolver empatia pelo próximo. Além de umas habilidades serem afetadas, a criança autista pode não compreender perguntas, não entender brincadeiras ou expressões abstratas, possuir uma linguagem estereotipada e repetitiva e pode ter o nível intelectual comprometido.
No entanto, surgiu o Modelo Alternativo que criticou o modelo médico adotado pela psiquiatria, e os principais pesquisadores foram Fester, Ullmann e Kransner. Mas, a reformulação ficou conhecida como Modelo Psicológico, e essa teoria acredita que os princípios de aprendizagem e a manutenção de um comportamento inadequado ou anormal é igual ao comportamento normal e adequado. Isso significa que todo comportamento aprendido pode seguir princípios e com isso pode ter uma alteração no comportamento. Sendo que, esses princípios de aprendizagem não possuem características como normal ou anormal, isto é, eles têm os mesmos processos e são neutros (Gongora, 2003).
O Modelo Médico utiliza critérios baseados em influências sociais e culturais para classificar um comportamento como saudável ou patológico. Já o Modelo Psicológico qualifica um comportamento como normal e anormal. No entanto, as regras de uma sociedade podem diversificar de uma sociedade para outra, sendo um comportamento normal para alguns ambientes e anormais para outros. Então, é necessário questionar os comportamentos de uma pessoa, para que o CID-10 e o DSM-IV não classifique essa pessoa com um comportamento disfuncional, através de normas universais (Gongora, 2003).
Um comportamento é considerado patológico quando tem uma influência social e segue as normas socioculturais. Muitas vezes, as normas sociais são diferentes de uma cultura para outra cultura, isto é, o que é normal numa sociedade pode ser anormal em outra sociedade. Diante do exposto, essa discussão questiona as classificações universais do CID-10 e do DSM-IV, para qualquer tipo de cultura ou sociedade.
O Modelo Psicológico é baseado nas teorias de aprendizagem e na análise do comportamento, e deixa de lado a classificação universal de doenças, realizado pelo Modelo Médico. A teoria operante da aprendizagem acredita que o comportamento é interativo quando o homem tem contato com o ambiente para receber estímulos, e o comportamento pode ser também adaptativo e funcional a medida que ele é modelado e mantido pelo ambiente. Portanto, todo comportamento que foi aprendido e mantido durante uma vida pode sofrer alterações, desaparecer ou se adaptar (Gongora, 2003).
Para finalizar, o Modelo Psicológico conceitua o comportamento como “comportamento-problema” e não como “patológico”, segundo o Modelo Médico. Assim, o terapeuta deve tratar o cliente como uma pessoa normal, ajudando a analisar e adaptar seus comportamentos de acordo com as regras do seu ambiente e livrando de comportamentos influenciados pela cultura que tem a origem na “anormalidade” (Gongora, 2003).
A importância de diferenciar os dois modelos para a monografia, foi perceber a diferença das duas metodologias e como se desenvolveram no decorrer dos anos, onde o Modelo Psicológico trabalha de uma forma mais humanizada e foca no desenvolvimento de habilidades e na reabilitação do paciente, já o modelo médico, apesar de sua grande contribuição, visa somente o uso de medicação e assim, rotular uma pessoa como portadora de uma doença que muitas vezes não tem cura aos olhos da psiquiatria.
Atualmente, é necessário analisar que há uma considerável quantidade de pesquisas e artigos sobre o tema autismo, e ainda existem muitas informações a serem descobertas e confirmadas cientificamente. E a intenção dos pesquisadores da área da psicologia, psiquiatria, entre outras, é aumentar o conhecimento sobre o transtorno e isso pode fornecer informações às pessoas de como lidarem com o autismo, ajudando o portador e os familiares, escola e outros ambientes sociais. Ter o diagnóstico correto por um profissional especialista ajuda com o desenvolvimento de um autista e é o primeiro passo para a pessoa portadora do autismo saber da necessidade da medicação ou somente se beneficiar da psicoterapia e dependendo de cada caso pode ser necessário um acompanhamento interdisciplinar.
No entanto, os princípios e pressupostos do Behaviorismo Radical têm ajudado muito no tratamento de autista. O terapeuta que atua na clínica e se beneficia das teorias e práticas da Terapia Analítico-Comportamental, tem uma visão aprofundada e obtém muitas informações sobre a criança durante a terapia. Esses dados são muito importantes para fazer a intervenção e selecionar os procedimentos para o tratamento ser eficaz. Portanto, no próximo capítulo será analisado e estudado de uma forma mais detalhada sobre o histórico, os princípios e pressupostos do behaviorismo.




sábado, 7 de junho de 2014

Os Princípios Comportamentais

Segundo Catania(1999), reflexo seria uma relação fidedigna entre um evento ambiental, um estímulo e uma mudança resultante no comportamento, uma resposta.
O reflexo é uma relação entre o estímulo e a resposta, em que o estímulo é uma alteração no ambiente e a resposta é um comportamento do organismo. No entanto, a força do reflexo aumenta com a intensidade do estímulo. A apresentação de um estímulo pode aumentar ou diminuir a probabilidade de respostas, ou ainda não ter efeito. O reflexo pode ser representado assim: Estímulo – Resposta(Catania, 1999).
O primeiro pesquisador a descobrir que o comportamento respondente pode ser condicionado foi Ivan Petrovitch Pavlov (1849-1936). Pavlov fez um experimento que de início a campainha é um estímulo neutro(NS). A comida é um estímulo incondicional em que elicia a salivação em um reflexo incondicional. O condicionamento ocorre quando a campainha está relacionado ao aparecimento da comida, mas a campainha pode ser ainda um estímulo neutro. Após um período de condicionamento, surge o reflexo condicional em que a campainha elicia a salivação antes que a comida seja apresentada ou quando há uma tentativa ocasional da comida. A campainha se torna um estímulo condicional ou CS, e a salivação surgida pela campainha é uma resposta condicional, ou CR (Catania, 1999).
Para Medeiros(2007), o condicionamento pavloviano é uma forma de aprendizagem em que um estímulo previamente neutro passa, após o emparelhamento com um estímulo incondicionado, a eliciar uma resposta reflexa.
No condicionamento pavloviano se uma pessoa pode aprender novos reflexos, então pode adquirir respostas emocionais. Através, de emparelhamentos uma pessoa pode aprender novas emoções, tais como o medo, ansiedade, etc (Medeiros,2007).
O comportamento ocorre de acordo com as mudanças dos contextos, isso se chama estímulo discriminativo. Estamos sempre diante do controle de estímulos, em que um estímulo seria o ‘contexto’ e o controle seria ‘mudar a frequência ou probabilidade de uma ou mais ações’ (Baum, 1999).
Por outro lado, quando existe um grau de similaridade entre estímulos e relacionamos em um grupo de objetos esse fenômeno é conhecido como generalização de estímulos. Um exemplo seria quando uma criança que aprende a falar se referindo a todos os objetos peludos como “gatos”. Resumindo, generalização seria definida como responder similar em situações diferentes (Millenson,1967).
Ao contrário de generalização, a discriminação seria um responder diferencial em momentos diferentes. O ser humano tem a habilidade de diferenciar um objeto do outro, temos como exemplo, discriminar uma manteiga de margarina (Millenson,1967).
Já Thorndike fez experimentos que resultou na Lei do Efeito, essa lei era de que a probabilidade de uma resposta poderia ser aumentada ou diminuída pela consequência (Catania, 1999). Um comportamento pode ser reforçado quando a consequência for aumentada ou retirada. Então, ele pode ser um reforçador positivo ou negativo. O valor de um reforço deve-se ao seu valor de sobrevivência e não algo relacionado a uma sensação (Skinner, 2006).
Um comportamento é aumentado devido uma consequência que o reforça. A consequência determina o aumento ou diminuição do comportamento. Um comportamento é operante quando ele é voluntário e um comportamento é reflexo quando ele é involuntário (Skinner, 2006).
O comportamento operante seria uma relação entre uma resposta e uma consequência. Essa consequência seria uma alteração no ambiente. As consequências podem aumentar ou reduzir a frequência de um certo comportamento, que seria a resposta (Medeiros, 2007).
Para Catania(1999), é chamado o estímulo de reforçador no momento que uma resposta produz um estímulo. A relação entre comportamento e o ambiente é um reforço, e isso se deve a uma relação que inclui, ao menos, três componentes. De início, as respostas devem ter consequências. Segundo, a respostas devem aumentar e por último a respostas aumentarão devido às consequências.
Segundo Medeiros(2007), reforço ocorre quando um comportamento aumenta de frequência devido consequência. No entanto, isso se chama de contingência de reforço no momento em que há alterações no ambiente ao qual podem afetar a frequência do comportamento. Essa relação pode ser descrita por: se... então... (se existe o comportamento, então há uma consequência), se (uma criança chora, então ele ganha balinhas).
Quando uma resposta é reforçada, menor é a variabilidade na topografia da resposta, isto é, quando você responde uma pergunta e essa resposta é bem compreendida, pode ocorrer de a pessoa responder da mesma forma em outras ocasiões que tenha a mesma pergunta (Medeiros, 2007).
A remoção de um estímulo pode ser um reforço negativo, e a apresentação de um estímulo é um reforço positivo, sendo que a resposta reforçada ou frequência do comportamento é aumentada. O reforço negativo é um aumento de um comportamento com a retirada de um estímulo, assim o rato pode ter o aumento do pressionar de uma barra quando houver a remoção de um choque. No reforço negativo tem a fuga ou a esquiva, então pode-se fugir de fatos aversivos já presentes ou esquivar de fatos potencialmente aversivas e que ainda não ocorreram (Catania,1999).
A fuga ocorre quando um comportamento retira o estímulo aversivo do ambiente e a esquiva ocorre quando um comportamento evita ou atrasa o contato com um estímulo aversivo. Quando uma criança faz a tarefa de casa para evitar reclamações dos pais isso é um exemplo de esquiva. Por outro lado, se a mãe vê a tarefa não feita pelo filho e começa a brigar, então o filho começa a fazer a tarefa para cessar as reclamações da mãe, isso é um exemplo de fuga, pois a briga já está presente (Medeiros, 2007).
No entanto, existe também a extinção que ocorre quando as respostas reforçadas durante um período de vida de uma pessoa, não são mais reforçadas em uma outra ocasião. Quando um comportamento não é mais reforçado, a frequência desse comportamento retorna ao nível inicial sem o reforço, isso se chama extinção. Quando o reforço é suspenso ocorre a resistência à extinção, em que o organismo continua emitindo uma resposta após o cancelamento do seu reforço (Medeiros, 2007).
Como diz Catania(1999), a punição acontece quando a resposta é menos frequente devido a consequência. Quando um rato pressiona uma barra e recebe um choque, então o pressionar a barra é um punidor ao observar que o comportamento de pressionar a barra diminui de frequência. Pode-se ter punição positiva que é quando a frequência do comportamento diminui quando existe uma adição de um estímulo aversivo ao ambiente, e a punição negativa seria a diminuição da frequência do comportamento quando existe uma retirada de um estímulo reforçador do ambiente (Millenson,1967).
A aprendizagem pode ocorrer na interação com outras pessoas. Quando uma pessoa discrimina o comportamento de outros organismos, isso pode trazer vantagens seletivas. A aprendizagem pode ser baseada na observação do comportamento de outros seres. Muitos animais observam a saúde e a alimentação de outros animais, tais como o rato para emitir comportamentos que podem garantir a sua sobrevivência. A aprendizagem pode ser também por imitação, isso ocorre quando há duplicação de comportamentos para outros organismos, mais isso não é indício de que o organismo tenha aprendido sobre as contingências e essas imitações podem não ser vantajosas (Catania, 1999).
Segundo Catania(1999), é através do comportamento verbal que o ser humano pode aprender com o outro organismo, assim, o homem é informado sobre as contingências, ao invés de ser apenas observada. Uma pessoa pode aprender também, através da instrução na medida em que o comportamento verbal pode ser instrucional levando o outro a emitir um comportamento.
Outra aprendizagem seria a modelagem que é uma técnica usada para se ensinar um comportamento novo por meio de reforço diferencial de aproximações sucessivas do comportamento-alvo (Medeiros, 2007).

quarta-feira, 28 de maio de 2014

A visão Analítico-Comportamental do Autismo

Para Green (2001, citado em Assis 2013), “do ponto de vista analítico-comportamental, o autismo é uma síndrome de déficits e excessos que [pode ter] uma base neurológica, mas que está, todavia, sujeita a mudança, a partir de interações construtivas, cuidadosamente organizadas com o ambiente físico e social”.
Segundo Schreibman e Koegel(1980), uma pessoa com comportamentos autistas tem como características principais déficits comportamentais em que seriam os comportamentos não apropriados com pouca frequência ou controle situacional disfuncional. Como exemplos de déficits comportamentais: a fala inadequada(ecolalia, mutismo, etc), inabilidade social (as pessoas são como objetos para o seu prazer), jogam de forma estereotipada e possuem emoções inadequadas. As outras características seriam os exageros comportamentais em que um comportamento teria muita frequência e/ou situações inapropriados, e os exemplos de exageros comportamentais seriam: birra, comportamentos autolesivos e auto-estimulação (Neri, 1987).
As crianças com comportamentos autistas também têm a dificuldade em generalizar seus comportamentos de acordo com as situações ou pessoas diferentes, sendo necessário o auxílio dos pais ou da escola, e até mesmo precisam da ajuda de um terapeuta que podem realizar programas mais específicos. Muitas vezes, os educadores e familiares mantém uma previsão do dia a dia da criança, mas isso não quer dizer que possa ter alguma alteração durante o decorrer da realização de suas atividades (Coimbra, 2013).
Para Silva(2013) os comportamentos disfuncionais ocorrem tanto em crianças consideradas como normais ou atípicas, sendo diferenciados somente pela frequência, intensidade e sua interação com o ambiente e comunidade verbal. Portanto, um comportamento disfuncional surge através das relações de contingências e na falta de reforçamento, isto é, um comportamento é reforçado quando uma consequência for aumentada ou retirada e pode ocorrer a extinção quando o comportamento não é mais reforçado.
O estudo do autismo na Análise Comportamental teve início com as teorias realizadas em laboratório com o Fester (1961, citado em Martins 2013) e Fester e DMyer (1961, 1962, citado em Martins, 2013), o qual mostrou que os princípios de aprendizagem são utilizados para alterar comportamentos de pessoas consideradas autistas, através da manipulação das variáveis de consequências e isso poderia levar ao aumento de um conjunto de comportamentos considerados funcionais e a redução ou eliminação dos comportamentos disfuncionais.
Ferster(1961, citado em Assis, 2013), acredita que os comportamentos autísticos seriam determinados pelo meio ambiente, não sendo somente causado por fatores biológicos. No entanto, existe um déficit nas contingências vindas do meio social, surgidos de esquemas de reforçamento intermitente e extinção, e isso causaria uma ineficiência na aprendizagem de comportamentos sociais e adequados. Esse déficit de contingências sociais causados pelo frequente reforçamento contínuo, daria o surgimento da estereotipia e auto-estimulação. Ferster (1961, citado em Assis, 2013) defende que existe uma inconsistência na educação dos pais quando eles interagem com os seus filhos ao meio social. O resultado disso é que a pessoa com comportamentos autistas não seria controlado pelos reforçadores condicionadores, não sendo capaz de discriminar quais os comportamentos seriam adequados para gerar consequências reforçadora, assim o seu contato com o ambiente social não seria reforçador para a criança. Isso resultaria no surgimento de um repertório comportamental formado somente por respostas ao ambiente físico e estimulação de comportamentos sociais inadequados (Assis,2013).
Fester (1961, citado em Neri, 1987) defendeu que uma pessoa com comportamento autista não tem variáveis históricas e ambientais funcionais, e assim o comportamento não é controlado pelas consequências acarretando um baixo desenvolvimento de repertórios mais complexos. Acredita-se que existe uma baixa taxa de respostas, de reforçadores condicionados e de estímulos discriminativos, devido o seu histórico de interação ser deficiente. Estudos de Fester sinaliza que na relação entre pais e filhos ou na sua interação social, muitas vezes não há reforçadores para a criança, então o comportamento deficiente é mantido (Neri, 1987).
Outros autores, acreditam que o autismo é reforçado no ambiente físico e deficiente no ambiente social. Spradlin e Brady(1999, citado em Assis, 2013) defende que a criança com comportamentos autístico devem ter uma solidez nas variáveis de uma análise funcional e no reforçamento, para que o controle de estímulo interaja com outras variáveis de uma forma consistente, caso contrário se esse controle de estímulo for limitado isso irá evidenciar os comportamentos autísticos que estabelecerá um repertório e um controle de estímulos restrito.
Após ter obtido bons resultados no laboratório de como reforçar os comportamentos de uma criança com comportamentos autísticos, os pesquisadores começaram a trabalhar em outros ambientes em que as crianças viviam, tais como: escolas, hospitais, casas, instituições. Alguns estudiosos introduziram o tratamento comportamental da clínica para a casa de pessoas com comportamentos autistas, utilizando técnicas de generalização e orientando os pais em como diminuir os comportamentos inadequados de seus filhos (Schwartzman, 1995).
A relação de pais com as crianças com comportamentos autistas foi estudado por Kanner desde 1943 e em um dos seus artigos ele questionava a interação desinteressada e indiferente entre pais e filhos e como isso ajudava a manter os comportamentos autísticos da criança. Como os pais são as primeiras pessoas mais importantes na vida social de uma criança, então eles exercem uma influência muito grande sobre como manter os comportamentos funcionais e disfuncionais. Um exemplo clássico é quando a família está num contexto aversivo ao lidar com a criança autista e aplicam o reforçamento negativo para se livrar de comportamentos disfuncionais da criança autista, então isso contribui para instalação e a manutenção do repertório falho (Gouveia, 2013).
No entanto, sobre crianças com comportamento autista, são descritas em quatro itens: a primeira seria que os princípios de aprendizagem são aplicados a essas crianças, segundo item seria que a criança autista tem vários comportamentos inadequados diferentes e poderia ser melhor definido como retardo de desenvolvimento, assim ensinando a criança com comportamento autista por passo a passo, o terceiro item seria que a pessoa com comportamentos autistas aprenderiam em lugares mais específicos e no quarto item mostra que deve haver manipulação do ambiente para que a pessoa com comportamentos autistas tenha sucesso tantos em ambientes normais como em ambientes especiais (Schwartzman, 1995).
Portanto, seria necessário a ampliação e desenvolvimento dos comportamentos adequados de um autista, trabalhando os comportamentos deficientes. Outro fator importante seria ter um controle adequado de estímulos ambientais relacionados a família, sociedade, escola. Caso, haja estímulos aversivos a criança autista não responde por não ter um sentido motivacional, além de não responder a outros estímulos que são reforçadores para crianças normais. A criança com comportamentos autísticos não age de forma normal por ter escassez de reforçadores condicionados “normais”, então, os estímulos discriminativos para as
respostas são poucos prováveis de acontecerem. No entanto, o tratamento seria a criança se comportar através de um controle eficiente de estímulos ambientais (Neri, 1987).

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Breve história da Psicologia como ciência: do Estruturalismo ao Behaviorismo Radical


Olá !!! Pessoal, essa parte do texto foi escrita por mim durante a minha monografia de especialização .. 
1.1 – A história do Behaviorismo.
O Estruturalismo
Edward Bradford Titchener (1867-1927), discípulo de Wundt, introduziu suas teorias da Alemanha para os Estados Unidos, e desenvolveu o estudo experimental da mente humana, realizado por meio da introspecção ou auto-observação. Segundo Titchener, a introspecção, definida como um relato verbal baseada na vivência, só podia ser realizada cientificamente por observadores bem treinados que tinham de reaprender a perceber para que pudessem descrever seu estado consciente (Marx e Hillix, 1973).
Titchener formou um grupo fechado de seguidores dedicados e um dos seus princípios era acreditar que uma totalidade psicológica era formada de elementos que deveriam ser desvendados e compreender como eram compostos. Esses elementos eram considerados como conteúdos conscientes e mentais, e assim era aplicado a introspecção sistemática. A tarefa da psicologia era desvendar a estrutura e o conteúdo da mente humana, através da introspecção sistemática (Wertheimer,1976).
Apesar de Titchener ser discípulo de Wundt, ele introduziu algumas inovações. Wundt nomeava os elementos em sensações, imagens e sentimentos, enquanto Titchener classificava os elementos em sensações, imagens e afeições (Wertheimer,1976).
Schultz(2005) explica que Titchener se concentrava nos elementos ou conteúdos mentais, assim como na conexão mecânica mediante ao processo da associação, entretanto descartava a doutrina da apercepção defendida por Wundt. O seu enfoque estava nos elementos propriamente ditos e, na sua opinião, a principal tarefa da psicologia consistia na descoberta da natureza das experiências conscientes elementares e a determinação da estrutura da consciência mediante a análise das suas partes componentes.
Diferente de Wundt, Titchener utilizava a introspecção ou auto-observação com relatos detalhados, subjetivos e qualitativos dos processos mentais de um indivíduo. Titchener analisava a experiência consciente dando importância às partes e o Wundt analisava como um todo. Apesar das críticas quanto ao modelo adotado por Titchener, alguns aspectos são empregados em várias áreas da psicologia até no momento atual (Schultz,2005).
O Funcionalismo
O Funcionalismo surgiu em duas universidades, uma foi em Chicago com um sistema autoconsciente e a outra em Columbia com uma atitude mais inconsciente, e isso se espalhou pela América. O objetivo dessas universidades era investigar o “por quê” da experiência e do comportamento, sendo que a síntese da experiência era um exame das funções adaptativas da mente para o organismo (Wertheimer,1976).
Os funcionalistas de Chicago eram Dewey, Angell, Carr e Mead, e os funcionalistas de Columbia eram o Thorndike e o Woodworth. O funcionalismo em Chicago teve suas origens no estruturalismo da Alemanha e foi estudado por William James. O funcionalismo serviu como passagem entre o estruturalismo e o behaviorismo, sendo que o estudo dos processos adaptativos do organismo, umas das crenças do funcionalismo, foi pesquisado pelos behavioristas também (Wertheimer,1976).
Essa escola foca no funcionamento da mente e o seu uso para adaptação ao ambiente. Esse movimento se inspirou nos trabalhos de Darwin e Galton que estudavam o modo operandi dos processos conscientes e não a estrutura ou conteúdo. O funcionalismo começou a analisar o funcionamento da mente e não a sua função. Havia como pesquisadores de laboratórios acadêmicos os psicólogos americanos James, Angell e Carr e os outros estudiosos da área, aplicavam a abordagem em ambientes fora das universidades (Schultz, 2005).
O Behaviorismo Metodológico e o Behaviorismo Radical
Behaviorismo Metodológico
Na Idade Média, a igreja observava o comportamento do homem como duas naturezas, o dualismo: uma divina e mental e outra material e física. Essa teoria influenciou o início do surgimento do behaviorismo, que tinha o dualismo como base dos seus estudos (Matos, 2013).
O behaviorismo de Watson e Guthrie surgiu contra o mentalismo e introspeccionismo, obtendo informações com experimentos. Watson defendia que o comportamento era aprendido e as causas de um comportamento eram influenciados pelos seus antecedentes (Matos, 2013).
O behaviorismo metodológico chamado também como realismo, diz que existe o mundo real e o sujeito que dá o surgimento das experiências. O foco do realismo era estudar os sentidos que o homem percebia e emitia, através de métodos da observação do mundo externo. No behaviorismo metodológico ou real, os eventos comportamentais são descritos de uma forma mecânica, próximo a sua fisiologia (Baum, 1999).
Os behavioristas metodológicos analisavam o comportamento de uma forma objetiva, coletando dados sensoriais sobre o mundo externo do sujeito em que todos poderiam compartilhar e concordar. O foco era somente estudar o comportamento público das pessoas, isto é, o importante era analisar o que era observado na interação entre pessoas e outros contextos, assim ignorando a consciência. O homem não tinha contato direto com o mundo real, logo tinha a percepção dele, então não há explicação ou lógica de acreditar que o mundo realmente exista (Baum, 1999).
Behaviorismo Radical
Na década de 1930, a psicologia era explicada com bases mentalistas, ou com a noção de reflexos elaborado por Pavlov e apropriada por Watson, ou pela Lei de Efeito elaborada por Thorndike. Este sistema de causa e efeito era muito criticado, assim surgindo as descrições funcionais entre fatos. Baseado na concepção funcional de Mach, Skinner formula sua teoria por descrições de relações funcionais entre as alterações ambientais e o comportamento. O comportamento não teria apenas o estímulo-resposta, influenciado no paradigma reflexo. Seu comportamento teria a relação e influência com as suas consequências. No entanto, um organismo ao se comportar pode modificar o ambiente e alterar o seu comportamento (Ferreira, 2008).
O Behaviorismo Radical foi criado pelo Skinner na década de 40, e ao nomear sua teoria ele usou a palavra radical por significar raiz, com a intenção de ser uma menção exclusiva que englobe e aceite todos os fenômenos da psicologia (Isidro, 2013).A principal preocupação de Skinner era por uma explicação verdadeiramente científica a respeito do comportamento, ele sustentava que o caminho estava no desenvolvimento de termos e conceitos que permitissem tais explicações. Assim, Skinner rotulou a sua própria posição de Behaviorismo Radical (Baum, 1999). O Behaviorismo Metodológico não estudava os eventos privados e a instrospecção praticada por Wuldt e Titchener, não era considerada como um saber científico, sendo por isso atacada. Porém, veio o Behaviorismo Radical com uma teoria diferente não negando o estudo da auto-observação e do autoconhecimento, assim renovando o conceito de introspecção (Skinner, 1974).
Como o Behaviorismo Metodológico não tinha por base a auto-observação e o autoconhecimento, logo o Behaviorismo Radical restabeleceu um contato com essas definições, considerando os eventos privados ocorridos dentro da pele, através da observação e verificando a sua subjetividade (Skinner, 1974). O behaviorismo radical estuda o comportamento objetivo e subjetivo, através da utilização de conceitos e termos. (Baum, 1999). Skinner faz uma investigação sistemática do comportamento ao interpretar as informações obtidas, que seriam descrições das relações funcionais entre o comportamento e ambiente. Essa linha da psicologia não estuda a existência da mente e foca nos eventos internos, não aceita o dualismo e nem o mentalismo que é materialista e evolucionista. Ela estuda as contingências e as relações funcionais, assim, não acredita que a mente, as emoções e o sistema nervoso teria alguma relação com o comportamento (Matos, 2013).
No Behaviorismo Radical, os eventos privados são observados somente pela própria pessoa e pode ser analisado através da instropecção. Já os eventos públicos são acessados por várias pessoas. Os eventos privados e eventos públicos têm uma relação funcional por serem da mesma natureza, tendo como diferença somente o acesso. Logo, o mundo privado é desvendado quando há o compartilhamento de informações e participação em uma comunidade verbal. (Gongora, 2013)
Outra característica metodológica fundamental de Skinner foi a ênfase sobre o comportamento operante, em comparação com o comportamento respondente. Skinner estabeleceu a distinção entre respostas produzidas em reação direta à estimulação (resposta respondente) e aquelas que são emitidas pelo organismo na ausência de qualquer estimulação externa aparente (respostas operantes) (Schultz, 2005).

Skinner também desenvolveu um trabalho sobre o controle do comportamento de animais, trabalhou primeiro com ratos e depois com pombos. Nessas pesquisas desenvolveu o método de modelagem. A modelagem é obtida proporcionando ao animal uma recompensa (reforço) se a sua resposta se aproxima da resposta desejada. Mediante o cuidadoso controle das condições experimentais, Skinner desenvolveu uma descrição coerente do comportamento. Aumentando a capacidade de previsão e controle do comportamento de organismos por parte dos psicólogos, desde o rato ao homem. Skinner, desse modo, exerceu um profundo impacto sobre o desenvolvimento da psicologia e sobre os mais jovens psicólogos (Marx e Hillix, 1973).

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

5 a 10 anos

A criança entende as regras, propiciando a resolução de problemas. Os pais devem incentivar o contato social e desenvolver empatia ( saber entender os sentimentos dos outros, compreender, tentar ajudar). A empatia pode ser através de questionamentos que fazem a criança refletir e se colocar no lugar do outro. Deixe seus filhos escolherem seus amigos e supervisione, mantendo contato com os pais dos amiguinhos. Monitoria é preciso. Conversar sobre as amizades. Receba amigos e deixe seu filho dormir na casa de amigos ou primos que são de pais de confiança, pois isso é benéfico. Quando o seu filho faz parte de uma decisão da família ele se sentirá que está participando da família e que não é só comandado pelos pais. Dê tarefas e responsibilidades que podem ser feitas em casa para ajudar os pais e na manuntenção da casa. Incentive a empatia, solidariedade, amizade, através de atividades solidárias, tais como doação de brinquedos, visitas a instituições, etc.

3 e 4 anos

Vai para a escola e o que importa é a sua felicidade e o interesse em descobrir as coisas. Dar escolhas para ele ter controle e poder. Desenvolver a consciência do certo e errado. Quando fazem birras é porque não tem habilidades físicas ou verbais para se expressarem. Incentive a sua autonomia. Mentira é fantasia ou engano e a criança deve se explicar e falar que é errado o comportamento.

sábado, 15 de outubro de 2011

As fases

De início falarei somente de duas fases:
Bebês
Deve se sentir amado e cuidado pelos pais. Gostam de rotina e desenvolvem mais rápido quando tem cuidados dos pais, tais como brincar ou atender as necessidades vitais da idade. Os pais devem ter cuidado com os móveis ou brinquedos para o bebê não machucar.
1 e 2 anos
Negar algo à criança não dá trauma e os pais devem mostrar que podem sobreviver diante de uma frustração. Os pais devem ser firmes e calmos, então as crianças aprendem a ter tolerância a frustração. O pais devem fazer as crianças a refletir sobre seus atos tais como: 'Sim, em alguns momentos as coisas não dão certo, ou eu não consigo o que quero, mas e daí, isso não é o fim do mundo'. Os pais não devem abandonar e nem colocar medo com histórias que assustam crianças. Quando a criança negar algo, então ofereça alternativas. Demonstrar sentimentos, emoções, beijos e palavras.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Educação

Disciplinar é educar.
Insistir na mudança é fundamental para educar uma criança.
Amar a criança separando do seu comportamento no dia a dia. Quando a criança se sente amada ela aceita as regras e desenvolve amor pelos outros.
Autoestima é quando a criança consegue algo com muito esforço e não por sorte. Autoestima elevada -> controla o comportamento, tem tolerância às frustrações, reconhece os pontos fortes e fracos, adora aprender coisas novas e tem prazer de viver. A criança tem que valorizar o próprio esforço e refletir o seu comportamento. O amor dos pais ajuda na resiliência, então a criança deve assumir a responsabilidade e refletir. Seja o mestre, o guia e não julgue ou condene a criança.

Livro: Eduque com carinho - Lidia Weber



quinta-feira, 30 de junho de 2011

Transtorno da ansiedade

Ansiedade seria alguma preocupação diante de um ambiente aversivo e assim a pessoa se esquiva ou foge do problema. 
Os sintomas poderiam ser: 
Sentindo fadiga, falta de ar, desmaio, suores, frios, mãos úmidas, dores no peito, boca seca, insônia, dificuldade para relaxar, sensação de impotência, etc.
Como combater:
1) Aprenda a relaxar; 2) Procure respirar profundamente algumas vezes do dia; 3) pratique esporte ou simplesmente uma caminhada; 4) Evite café, bebidas e produtos que contenham estimulante (coca, cafeína), cigarro; 5) Tire dez minutos do seu dia para alongar-se e meditar; 6) observe seus pensamentos e direcione-os para que sejam agradáveis.

É bom fazer terapia e aplicar técnicas de relaxamento, enfrentamento e autocontrole(questionando a si mesmo).
Para quem é analista do comportamento é importante verificar todos os setores da vida de um cliente, porque na instabilidade de um desses setores pode ser a causa de uma ansiedade.
Para rotular o cliente com um distúrbio de ansiedade é necessário saber quantas vezes o evento ocorreu durante dias ou meses.

Informações inspirada em palestra.

O que seria a tecnologia comportamental?



Tecnologia (do grego τεχνη — "técnica, arte, ofício" e λογια — "estudo") é um termo que envolve o conhecimento técnico e científico e as ferramentas, processos criados e/ou utilizados a partir de tal conhecimento. Dependendo do contexto, a tecnologia pode ser:
- Empregada para a resolução de problemas ou facilitar a solução de um comportamento;
- O termo tecnologia também pode ser usado para descrever o nível de conhecimento científico e técnico de uma determinada cultura;
- Mudança de comportamento e o seu desenvolvimento, através de técnicas.

Por essas definições, é que eu decidi colocar o nome do blog como Tecnologia Comportamental .. :) Ficou bonintinho, né !!!

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Reflexões

Peck(1978) opinou sobre o que torna a psicoterapia efetiva e bem sucedida:
É humano envolver-se e lutar. É desejo do terapeuta servir aos propósitos de estimular o crescimento do cliente - vontade de sustentar-se pelas próprias pernas, de envolver-se realmente num nível-emocional de relacionamento: lutar, de fato, com o paciente e consigo mesmo. Em suma, o ingrediente essencial de uma terapia significativa e profunda é o amor.(p.173)

Greben(1981), pensou similara ao de Peck:
Psicoterapia não é um conjunto de regras elaboradas sobre o que alguém não deve fazer: regras sobre quando ou o que falar, sobre como tirar férias, lidar com os momentos perdidos, etc. É algo muito mais simples que isso. É o encontro de trabalho entre duas pessoas, trabalho duro e honesto. Poderia afirmar que é uma jornada de amor.(p.455)

CRB - Comportamentos clinicamente relevantes

Como eu estou estudando o livro FAP- Psicoterapia Analítica Funcional resolvi começar a postar sobre um assunto que ocorre muito nas terapias comportamentais.
Três comportamentos do cliente que podem ocorrer durante a sessão são de particular relevância e são denominados comportamentos clinicamente relevantes (CRB).
CRB1: Problemas do cliente que ocorrem na sessão
Os CRB1s são esquivas sob controle de estímulos aversivos.
CRB2: Progressos do cliente que ocorrem na sessão
1. Recordar-se e responder com emoção.
2. Aprender a dizer o que deseja(ou seja, que suas necessidades são importantes e merecem atenção).
3. Confiar na terapeuta.
4. Aceitar o amor.
CRB3: Interpretações do comportamento segundo o cliente
Refere-se à fala dos clientes sobre seu próprio comportamento e o que parece causá-lo, o que inclui "interpretações" e "dar razões".