sábado, 7 de junho de 2014

Os Princípios Comportamentais

Segundo Catania(1999), reflexo seria uma relação fidedigna entre um evento ambiental, um estímulo e uma mudança resultante no comportamento, uma resposta.
O reflexo é uma relação entre o estímulo e a resposta, em que o estímulo é uma alteração no ambiente e a resposta é um comportamento do organismo. No entanto, a força do reflexo aumenta com a intensidade do estímulo. A apresentação de um estímulo pode aumentar ou diminuir a probabilidade de respostas, ou ainda não ter efeito. O reflexo pode ser representado assim: Estímulo – Resposta(Catania, 1999).
O primeiro pesquisador a descobrir que o comportamento respondente pode ser condicionado foi Ivan Petrovitch Pavlov (1849-1936). Pavlov fez um experimento que de início a campainha é um estímulo neutro(NS). A comida é um estímulo incondicional em que elicia a salivação em um reflexo incondicional. O condicionamento ocorre quando a campainha está relacionado ao aparecimento da comida, mas a campainha pode ser ainda um estímulo neutro. Após um período de condicionamento, surge o reflexo condicional em que a campainha elicia a salivação antes que a comida seja apresentada ou quando há uma tentativa ocasional da comida. A campainha se torna um estímulo condicional ou CS, e a salivação surgida pela campainha é uma resposta condicional, ou CR (Catania, 1999).
Para Medeiros(2007), o condicionamento pavloviano é uma forma de aprendizagem em que um estímulo previamente neutro passa, após o emparelhamento com um estímulo incondicionado, a eliciar uma resposta reflexa.
No condicionamento pavloviano se uma pessoa pode aprender novos reflexos, então pode adquirir respostas emocionais. Através, de emparelhamentos uma pessoa pode aprender novas emoções, tais como o medo, ansiedade, etc (Medeiros,2007).
O comportamento ocorre de acordo com as mudanças dos contextos, isso se chama estímulo discriminativo. Estamos sempre diante do controle de estímulos, em que um estímulo seria o ‘contexto’ e o controle seria ‘mudar a frequência ou probabilidade de uma ou mais ações’ (Baum, 1999).
Por outro lado, quando existe um grau de similaridade entre estímulos e relacionamos em um grupo de objetos esse fenômeno é conhecido como generalização de estímulos. Um exemplo seria quando uma criança que aprende a falar se referindo a todos os objetos peludos como “gatos”. Resumindo, generalização seria definida como responder similar em situações diferentes (Millenson,1967).
Ao contrário de generalização, a discriminação seria um responder diferencial em momentos diferentes. O ser humano tem a habilidade de diferenciar um objeto do outro, temos como exemplo, discriminar uma manteiga de margarina (Millenson,1967).
Já Thorndike fez experimentos que resultou na Lei do Efeito, essa lei era de que a probabilidade de uma resposta poderia ser aumentada ou diminuída pela consequência (Catania, 1999). Um comportamento pode ser reforçado quando a consequência for aumentada ou retirada. Então, ele pode ser um reforçador positivo ou negativo. O valor de um reforço deve-se ao seu valor de sobrevivência e não algo relacionado a uma sensação (Skinner, 2006).
Um comportamento é aumentado devido uma consequência que o reforça. A consequência determina o aumento ou diminuição do comportamento. Um comportamento é operante quando ele é voluntário e um comportamento é reflexo quando ele é involuntário (Skinner, 2006).
O comportamento operante seria uma relação entre uma resposta e uma consequência. Essa consequência seria uma alteração no ambiente. As consequências podem aumentar ou reduzir a frequência de um certo comportamento, que seria a resposta (Medeiros, 2007).
Para Catania(1999), é chamado o estímulo de reforçador no momento que uma resposta produz um estímulo. A relação entre comportamento e o ambiente é um reforço, e isso se deve a uma relação que inclui, ao menos, três componentes. De início, as respostas devem ter consequências. Segundo, a respostas devem aumentar e por último a respostas aumentarão devido às consequências.
Segundo Medeiros(2007), reforço ocorre quando um comportamento aumenta de frequência devido consequência. No entanto, isso se chama de contingência de reforço no momento em que há alterações no ambiente ao qual podem afetar a frequência do comportamento. Essa relação pode ser descrita por: se... então... (se existe o comportamento, então há uma consequência), se (uma criança chora, então ele ganha balinhas).
Quando uma resposta é reforçada, menor é a variabilidade na topografia da resposta, isto é, quando você responde uma pergunta e essa resposta é bem compreendida, pode ocorrer de a pessoa responder da mesma forma em outras ocasiões que tenha a mesma pergunta (Medeiros, 2007).
A remoção de um estímulo pode ser um reforço negativo, e a apresentação de um estímulo é um reforço positivo, sendo que a resposta reforçada ou frequência do comportamento é aumentada. O reforço negativo é um aumento de um comportamento com a retirada de um estímulo, assim o rato pode ter o aumento do pressionar de uma barra quando houver a remoção de um choque. No reforço negativo tem a fuga ou a esquiva, então pode-se fugir de fatos aversivos já presentes ou esquivar de fatos potencialmente aversivas e que ainda não ocorreram (Catania,1999).
A fuga ocorre quando um comportamento retira o estímulo aversivo do ambiente e a esquiva ocorre quando um comportamento evita ou atrasa o contato com um estímulo aversivo. Quando uma criança faz a tarefa de casa para evitar reclamações dos pais isso é um exemplo de esquiva. Por outro lado, se a mãe vê a tarefa não feita pelo filho e começa a brigar, então o filho começa a fazer a tarefa para cessar as reclamações da mãe, isso é um exemplo de fuga, pois a briga já está presente (Medeiros, 2007).
No entanto, existe também a extinção que ocorre quando as respostas reforçadas durante um período de vida de uma pessoa, não são mais reforçadas em uma outra ocasião. Quando um comportamento não é mais reforçado, a frequência desse comportamento retorna ao nível inicial sem o reforço, isso se chama extinção. Quando o reforço é suspenso ocorre a resistência à extinção, em que o organismo continua emitindo uma resposta após o cancelamento do seu reforço (Medeiros, 2007).
Como diz Catania(1999), a punição acontece quando a resposta é menos frequente devido a consequência. Quando um rato pressiona uma barra e recebe um choque, então o pressionar a barra é um punidor ao observar que o comportamento de pressionar a barra diminui de frequência. Pode-se ter punição positiva que é quando a frequência do comportamento diminui quando existe uma adição de um estímulo aversivo ao ambiente, e a punição negativa seria a diminuição da frequência do comportamento quando existe uma retirada de um estímulo reforçador do ambiente (Millenson,1967).
A aprendizagem pode ocorrer na interação com outras pessoas. Quando uma pessoa discrimina o comportamento de outros organismos, isso pode trazer vantagens seletivas. A aprendizagem pode ser baseada na observação do comportamento de outros seres. Muitos animais observam a saúde e a alimentação de outros animais, tais como o rato para emitir comportamentos que podem garantir a sua sobrevivência. A aprendizagem pode ser também por imitação, isso ocorre quando há duplicação de comportamentos para outros organismos, mais isso não é indício de que o organismo tenha aprendido sobre as contingências e essas imitações podem não ser vantajosas (Catania, 1999).
Segundo Catania(1999), é através do comportamento verbal que o ser humano pode aprender com o outro organismo, assim, o homem é informado sobre as contingências, ao invés de ser apenas observada. Uma pessoa pode aprender também, através da instrução na medida em que o comportamento verbal pode ser instrucional levando o outro a emitir um comportamento.
Outra aprendizagem seria a modelagem que é uma técnica usada para se ensinar um comportamento novo por meio de reforço diferencial de aproximações sucessivas do comportamento-alvo (Medeiros, 2007).